Corpo no rio: réus vão a júri popular

Corpo no rio: réus vão a júri popular

Na manhã desta quinta-feira (21) foram levados ao banco dos réus, no Salão do Juri do Fórum da Comarca de Muriaé, três homens acusados de envolvimento na morte de Daniel Barros de Almeida, 27 anos, em um fato ocorrido na madrugada de 16 de fevereiro de 2020 quando ele “teria sido jogado” nas águas do Rio Muriaé na altura da Ponte da Barra.

O julgamento que começou por volta das 10 horas da manhã, tem dois advogados de defesa para os réus, um assistente de acusação Dr. Pedro Henrique Costa, represntando a família, além da Promotora de Justiça Dra. Jackelyne Rangel e presidido pela Juíza Dra. Michele Camarinho.

De acordo com o processo, as testemunhas relataram que a vítima sempre voltava para casa após sair para se divertir, mas naquele dia 16 de fevereiro, Daniel havia saído com mais três conhecidos, e não retornou para casa. As informações são de que eles fizeram uso de bebida alcoólica em um bar próximo à ponte da Barra e quando passaram ali,  por motivos ainda não definidos, ele acabou “sendo jogado no rio”, segundo o inquérito policial.

Corpo no Rio: réus vão a júri popular

Na parte da manhã foram ouvidas algumas testemunhas como, familiares, conhecidos, além de integrantes da Polícia Civil que apuraram os fatos, e encaminharam o processo para o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Já na parte da tarde e noite devem ser ouvidos os réus e outras pessoas ainda com conhecimento do caso, em seguida, haverá um longo debate entre defesa e acusação. O prazo para término desse julgamento será na sexta-feira (22), com as réplicas e tréplicas (defesa e acusação), onde o os jurados vão decidir se os réus são inocentes ou culpados.

Relembre o caso:

Foi encontrado no dia 17 de fevereiro de 2020, às margens do Rio Muriaé, na Avenida JK, o corpo de Daniel Barros de Almeida, de 27 anos, morador da Vila Cavalier.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Daniel estava desaparecido desde o dia 16. A família entrou em contato com a Polícia Militar e Bombeiros no domingo e notificou o desaparecimento, que foi registrado pela Polícia Civil.

Corpo no Rio: réus vão a júri popular

Prisões dos suspeitos:

No dia 24 de junho de 2020, a Polícia Civil prendeu três homens, 31, 31 e 34 anos envolvidos em um “homicídio”, ocorrido no dia 16 de fevereiro, na ponte do Bairro da Barra, em Muriaé.

De acordo com o Delegado Tayrony Espíndola, eles são acusados de participarem da morte de um homem de 27 anos. Dois deles foram localizados em Juiz de Fora e o outro em Muriaé. A ação conjunta e simultânea foi realizada por equipes de policiais civis da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Muriaé e da 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora.

Segundo a autoridade policial, o crime foi registrado como suicídio, mas apurações indicaram que, na noite em que ocorreram os fatos, a vítima e os três rapazes teriam feito intenso uso de drogas e bebidas alcoólicas. “Ao deixarem o bar onde estavam, já sobre a ponte, iniciou-se uma discussão entre eles, quando a vítima, então, foi arremessada no Rio Muriaé”, explicou.

Ainda conforme o delegado, naquela noite, as águas do rio se encontravam agitadas por conta das chuvas fortes que atingiram a região, por isso o corpo do homem foi localizado no dia seguinte, na Avenida JK.

Durante as investigações, testemunhas também foram ouvidas no inquérito policial e disseram ter escutado gritos de socorro vindos do local da discussão.


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