A Polícia Civil realizou na manhã desta segunda-feira (20), uma Operação denominada “Praestatur Prandium“, na cidade de Carangola, contra fraudes em licitações para fornecimento de alimentação em presídios de Minas Gerais e Bahia.
Na ação foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão, em diversas cidades dos dois estados, onde um servidor público federal da área de Saúde foi detido. Os investigadores também apreenderam diversos documentos.
Durante coletiva de imprensa, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), Rogério Greco, explicou que a pasta começou a desconfiar de determinadas empresas no ano passado.
Esquema
Segundo o delegado Júlio Wilke, um determinado empresário tentava criar um monopólio para fornecimento de alimentação no sistema prisional e através de diversas fraudes, burlar a lei de licitação.
“Isso causa uma série de problemas, como preso sem alimentação, revolta, podemos até chegar ao ponto de ter coletivos incendiados do lado de fora, justamente por uma ação orquestrada por uma organização criminosa que só visa o lucro”, afirmou.
De acordo também com o delegado Sérgio Paranhos, a Sejusp era obrigada a assinar os contratos de emergência pois a licitação era abandonada durante os fins de semana ou feriados específicos. Assim, empresas laranjas eram criadas com dados de pessoas, que recebiam cerca de R$ 200 por mês.
“O valor da alimentação era mais caro porque era emergencial então ocorria um prejuízo para a Administração Pública e possibilidade de rebeliões, retaliações”, finalizou.
Fonte: G1
Fotos: Divulgação Polícia Civil