No dia 10 de abril será realizado no Fórum de Muriaé, um dos julgamentos mais aguardado da cidade. O réu confesso, Joel Moraes de Asevedo, 54 anos, vai a júri popular, pelo assassinato da então esposa Pricila Silva Dalla Paula, na época, em dezembro de 2021, com 26 anos.
A Promotora de Justiça Dra. Jackeliny Ferreira Rangel concedeu uma entrevista coletiva, onde passou os detalhes de como irá acontecer o júri que deve durar pelo menos dois dias.
No primeiro dia, serão ouvidas as testemunhas e o réu. Já no segundo, terá o debate entre os advogados de defesa e a promotoria. E ao final do julgamento, os jurados se reúnem para decidir o futuro do ex-vereador e militar da reserva.
Dra. Jackeliny também explicou que a Defesa do réu confesso tentou transferir o julgamento para outra cidade, mas o pedido foi negado pela Justiça.
Relembre o caso:
Na manhã do dia 08 de dezembro de 2021, Pricila Silva Dalla Paula, 26 anos foi assassinada na residência, que dividia com o marido e o filho.
Após o crime, Sargento Joel, ligou para seu advogado e juntos foram para 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil no bairro Safira, e se apresentou ao delegado de plantão, levando seu filho de um ano e 10 meses na época, entregou uma pistola e confessou que havia matado a sua esposa.
A Polícia Civil foi para o local, onde encontrou Pricila morta em cima da cama.
A partir daí, ele foi encaminhado para o 21º Batalhão da Polícia Militar, em Ubá, onde ficou preso por um tempo, e depois, quando condenado por um crime da época de vereador, foi transferido para Uberlândia.
Audiência de Custódia:
No dia 26 de abril de 2022, foi realizada a Primeira Audiência de Custódia, onde o autor vai ser ouvido, assim como as pessoas que estavam na delegacia no dia do crime, quando ele se entregou, acompanhado de seu advogado, com o filho no colo e entregando a arma (uma pistola), usada para a execução da esposa.
Outra condenação antes do julgamento:
No dia 05 de dezembro de 2024, Sargento Joel foi condenado a uma pena de 25 anos e sete de prisão por peculato e lavagem de dinheiro.
A sentença da denúncia do Ministério Publico de Minas Gerais (MPMG), de 2017 a 2019 o então vereador, em conjunto com os outros denunciados, responsáveis por empresas voltadas ao comércio varejista de artigos de papelaria, atuaram para desviar recursos públicos municipais destinados ao pagamento de verbas de gabinete na Câmara Municipal de Muriaé. As investigações apontaram que parte dos pagamentos das verbas estava sendo lastreada em “notas fiscais frias”, emitidas pelas empresas.