Médicos são detidos em operação do Gaeco

Médicos são detidos em operação do Gaeco

Operação Onipresença, desencadeada pelo Gaeco, pela Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e pela Promotoria da Saúde de Leopoldina, investiga a possível existência de uma associação criminosa composta por profissionais integrantes do Corpo Clínico e da administração do hospital Casa de Caridade Leopoldinense, causadoras de graves riscos à saúde e à vida dos usuários atendidos na entidade hospitalar, conveniada ao SUS.


O Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), por meio do GAECO, em conjunto com a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste e com a Promotoria da Saúde de Leopoldina, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Onipresença.

Estão sendo cumpridos aproximadamente 30 mandados, dentre eles mandados de busca e apreensão, de afastamento de cargos e de prisão nos Municípios de Leopoldina e Além Paraíba/MG.


As investigações se iniciaram para apurar a realização de plantões simultâneos em locais e hospitais distintos, a realização de cirurgias eletivas nos dias de plantões de urgência e anestesias simultâneas, pelos profissionais médicos investigados.

Com a evolução das apurações, foram constatadas a prática de delitos ainda mais graves, que geraram a exposição dos pacientes a riscos concretos. Inclusive, cirurgias e aneeletivas da rede suplementar foram realizadas pelos médicos investigados, durante a escala de sobreaviso da urgência e emergência – Rede Resposta de Urgência e Emergência.

Com as investigações, descobriram-se fortes indícios do vínculo subjetivo entre os profissionais médicos investigados para a prática de crimes de peculato (art. 312 do CP), bem como para conservarem um esquema de manipulação de escalas médicas, cirurgias simultâneas/sequenciais e cirurgias eletivas durante o plantão SUS, com a prática do crime de falsidade ideológica (art. 299 CP), infringindo, por conseguinte, o tipo penal de expor a perigo a vida ou a saúde de outrem (art. 132 CP), dentro do contexto da infração penal de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal).

Combinações de versões, falsidades documentais médicas, manipulação de documentos importantes e até mesmo imputação de responsabilidades a pessoas aparentemente inocentes, foram algumas das condutas levadas a efeito pelos investigados.

Ademais, as apurações revelaram práticas de fraudes, ocultação de erros médicos e até subtração de materiais necessários à realização de cirurgias.

Estão sendo cumpridos 4 mandados de prisão temporária, 6 mandados de afastamento das funções e 20 mandados de busca e apreensão, incluindo 2 hospitais da região e uma Clínica de Anestesiologia.

As diligências estão em andamento e mais detalhes serão dados no decorrer do dia de hoje.

A operação desta quinta-feira conta com a participação de Promotores de Justiça, servidores do Ministério Público, policiais militares e civis.

NOTA OFICIAL

A Prefeitura de Leopoldina informa à população que, em razão da operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), destinada a apurar possíveis irregularidades na Casa de Caridade Leopoldinense, tomou medidas imediatas para garantir que a assistência à saúde no município não seja comprometida.

Foi criado um Comitê de Gestão de Crise, com o objetivo de acompanhar de perto a situação e adotar as providências necessárias para assegurar a continuidade do atendimento à população.

Reiteramos o compromisso da administração municipal em colaborar para que o Pronto-Socorro mantenha o pleno funcionamento, garantindo o acesso da população aos serviços de urgência e emergência. Além disso, a Prefeitura está somando esforços para a continuidade dos serviços oferecidos pela Casa de Caridade Leopoldinense.

Prefeitura de Leopoldina: Plantando Trabalho e Colhendo Desenvolvimento
Obter o Outlook para Android

2 thoughts on “Médicos são detidos em operação do Gaeco

  1. Reply
    Fernando
    12 de dezembro de 2024 at 2:21 PM

    Por que não colocam os nomes dos médicos presos na notícia? Quando o preso é pobre, até a foto dele aparece.

    1. Reply
      Interligado Online
      13 de dezembro de 2024 at 7:32 AM

      Bom dia. Simplesmente pq o GAECO só mandou exatamente isso que está na matéria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *