O Ministério Público de Minas Gerais realizou na manhã desta terça-feira (26), a “Operação Computare” no município de Muriaé. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão com o objetivo de coletar elementos de informação para auxiliar nas investigações de possíveis práticas de infrações penais contra a administração pública.
A operação teve o apoio da Polícia Militar e envolveu diligências nas residências dos investigados. Após o cumprimento dos mandados, as investigações prosseguirão, e, se confirmados os indícios preliminares, os envolvidos poderão ser denunciados por crimes contra a Administração Pública, como fraude a licitações.
As investigações foram iniciadas após a coleta de informações obtidas por conta de outra operação do MPMG, a “Catarse”, desencadeada no ano de 2021 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional Visconde do Rio Branco.
Foram colhidas informações extraídas do aparelho celular de um dos alvos, à época vereador em Muriaé, que davam conta de possíveis manipulações a licitações ocorridas na Câmara Municipal de Muriaé e no município de Orizânia.
Em investigações específicas instauradas a partir da ciência dessas conversas, está documentado que, em setembro de 2021, o à época vereador fez tratativas com um dos alvos da operação de hoje, contador e que trabalhava à época assessorando empresas a participarem de licitações. Em novembro daquele ano, a empresa assessorada pelo alvo se sagrou vencedora em licitação na Câmara Municipal de Muriaé.
Além disso, o outro alvo da operação, que atualmente é assessor parlamentar de deputado estadual na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizou tratativas com o então vereador, representando terceira empresa em licitação em Orizânia, inclusive com o oferecimento de propina a representante de outra empresa que participava do certame.