Na manhã de quarta-feira (21), teve início o julgamento do ex-policial militar Ralf Andrade Maciel acusado de matar a prima Nayara Andrade. Ela foi baleada no dia 1º de junho de 2021 no salão de beleza onde trabalhava, na Rua Belisário, na Barra, foi socorrida e morreu no dia 03 de junho no Hospital São Paulo.
Às 09 horas da manhã, foram abertos os trabalhos com as escolhas dos jurados, sendo cinco mulheres e dois homens. Por volta de 10:40, a Juíza Dra. Michele Camarinho deu início aos trabalhos.
Na manhã desta quinta os trabalhos retornaram, com a presença de mais uma testemunha e depois inicia o interr0gatório do réu, para que a noite a juíza leia a sentença.
Depoimentos: Testemunhas de Acusação
A primeira a prestar depoimento foi a mãe de Nayara, que falou da ligação entre o réu e a vítima, já que eles eram primos (as mães são irmãs) desde que veio para Muriaé, já que ela é natural de Governador Valadares e morou por nove anos nos Estados Unidos, antes de se mudar para Muriaé.
Em seguida, foi à vez da auditora de uma seguradora, que foi a peça chave para a solução do crime. O réu teria feito umas apólices de seguros em nome de Nayara Andrade, onde pagava mensalmente certo valor. A principal beneficiária seria a mãe da vítima, e como era o réu que tinha total controle das contas e vida financeira da tia, ele também seria beneficiado. A mãe da vítima confiava bastante no sobrinho.
O seguro seria de mais de R$ 7 milhões, e em caso de morte acidental (o que aconteceu com Nayara), o valor dobrava. Esse depoimento foi feito por vídeo conferência.
Em outro depoimento virtual, um Policial Militar de Viçosa, falou sobre sua convivência com o réu, onde o mesmo, pediu dicas de onde deixar uma moto.
Depois foi a vez do Subtenente Rangel, que atendeu um chamado do réu no dia do crime, o que o fez sair da cidade na viatura que estava, o que seria uma forma de despistar a polícia na hora da fuga.
Após uma hora de recesso para o almoço, o inspetor da Polícia Civil George e o Delegado Dr. Glaydson Ferreira foram chamados para depor e mostraram todos os detalhes da investigação, desde os tiros, ao carro usado no crime encontrado em Viçosa, até a prisão do réu, no escritório de seu antigo advogado no Centro da cidade.
Depoimentos: Testemunhas de Defesa
A primeira testemunha de defesa a ser ouvida foi o pai do réu, que também estava bastante emocionado e falou com era o filho.
Depois mais quatro testemunhas de defesa foram ouvidas e sabatinadas pela defesa e promotoria.
O primeiro dia do júri acabou por volta de 23 horas e a previsão que o júri encerre nesta quinta-feira, depois que o réu for ouvido e de todos os debates entre acusação e defesa.