Agente tirou a própria vida durante operação
O Ministério Público de Minas Gerais deflagrou na manhã desta quinta-feira (31), a terceira fase da operação Mecanismo, destinada a apurar a prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais praticados por policiais penais, no âmbito do sistema prisional. A operação foi coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Regional da Zona da Mata, em conjunto com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e as Polícias Militar e Penal de Minas Gerais.
Está sendo investigada a existência de um complexo esquema criminoso formado por policiais penais (agentes penitenciários), agentes públicos, presos e pessoas ainda não totalmente identificadas, consistente na promoção do ingresso de aparelhos celulares no interior de estabelecimentos prisionais situados na Zona da Mata mineira, mediante o pagamento de propina e favores indevidos.
Segundo apurado pelo Gaeco, agentes públicos estariam sistematicamente cobrando propina para facilitar a transferência de presos e para fazer “vistas grossas” ao ingresso de telefones móveis para dentro da carceragem da unidade prisional. Nesse contexto, buscando ocultar e dissimular a movimentação de valores oriundos do recebimento de propina, usavam contas bancárias cadastradas em nome de terceiros.
A operação de hoje teve como objetivo cumprir três mandados, um de busca e apreensão em Muriaé e um de busca e apreensão e um de afastamento do cargo público em Palma. No cumprimento dos mandados em Palma, durante as diligências, o policial penal investigado tirou a própria vida utilizando sua arma de fogo.
No curso do dia, novas informações serão divulgadas acerca da operação de hoje.
F.MG
31 de agosto de 2023 at 6:18 PMO problema é que agentes penitenciários fazendo serviços administrativos.
Não exercem a função.
E com isto sobrecarregando os que trabalham nas unidades prisionais.
Não adianta contratar, o correto é cada servidor exercendo de fato o cargo para o concurso que prestou. Lugar de agente é nas Unidades Prisionais.
José
31 de agosto de 2023 at 8:57 PMA devida capacitação e qualificação PROFISSIONAL, TÉCNICA, ÉTICA E MORAL para ocupar cargos e funções de liderança, coordenação, direção e demais cargos e funções de comando do sistema prisional, são suprimidos pelas indicações políticas e/ou apadrinhamentos de parentes que exercem influência no comando. Por vezes essas responsabilidades são assumidas por servidores sem o mínimo do perfil necessário, vez que, devido ao desvalor com o qual os bons são tratados, estes NÃO têm nenhum interesse em assumir tais responsabilidades.
Profissionais que , de fato, tem as desejadas condições para comandar, são relegados ao ostracismo institucional.
Logo, NÃO raras vezes, o cargo ou função passa a ser ocupado sem observância dos critérios devidos.
Isso ocorre , aparentemente, de maneira proposital da parte de quem detém poder de decisão. Supostamente, para garantir que o subsistema continue ineficaz e ineficiente. Continue a ser meramente, depósito de presos.
Isso é o que gera resultados a exemplo do narrado na reportagem.
Alvaro
1 de setembro de 2023 at 11:21 AMBom dia, jornalista.
Falando em GAECO, que fim levou as operações CATARSE e METÁSTASE. A corrupção da Câmara foi rapidamente enfrentada, vereadores presos etc. Mas as investigações relativas a organização criminosa que desviou milhões e que envolve gente poderosa de Muriaé nada se sabe. É bem possível que esteja sendo protegido pela cupula política de MG.
Interligado
3 de setembro de 2023 at 9:43 AMBom dia. As operações continuam.
Devido ao grande número de materiais arrecadados, não só aqui, mais nas operações de toda a região, feitas pelo GAECO Zona da Mata, o tempo de apuração é demorado e acredito que por isso tudo não finalizaram e nem informaram nada.