Oito trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão na zona rural de Rio Pomba, eles atuavam em atividades da construção civil, nos reparos em galpões e taludes, além de granjas de criação de frangos. Os trabalhos foram realizados entre os dias 28 de fevereiro e 03 de março.
A investigação apontou que esses trabalhadores são naturais das cidades de Miraí e de Muriaé, localizadas a cerca de 90 quilômetros do local onde foram resgatados. O grupo, conforme a apuração do Ministério do Trabalho, foi aliciado, com falsas promessas, por uma figura conhecida nesta prática criminosa como “gato” – termo utilizado para se referir a pessoas que oferecem a “oportunidade de trabalho” para as vítimas deste tipo de delito.
As equipes constataram que os alojamentos não possuíam condições adequadas. As camas tinham espumas cortadas e sujas e alguns dos trabalhadores dormiam no chão. O espaço também tinha problemas de goteiras. Conforme o relatório, o empregador também deixou de fornecer roupa de cama, sendo que as utilizadas foram adquiridas pelos trabalhadores. Os lençóis, fronhas e cobertores não estavam em condições adequadas de higiene, pois apresentavam sujidades.
Equipamentos de cozinha, como fogão de duas bocas, botijão de gás – GLP, vasilhames e uma geladeira em estado ruim de conservação, também eram armazenados neste quarto. Os alimentos que foram encontrados pelas equipes também não estavam em condições adequadas para o consumo humano. Os investigadores destacaram também que o local apresentava maus odores e que devido a falta de ventilação os trabalhadores estavam expostos aos riscos de explosão por vazamento de gás.
Riscos nos trabalho:
Os responsáveis pelo resgate destes trabalhadores constataram riscos de acidente por choque elétrico nas atividades de construção civil. No local havia um circuito de potência que alimentava a betoneira, em 220 volts, com partes expostas. Além disso, eles não receberam capacitação para a atividade que executavam, bem como não tinham acesso aos Equipamentos de Proteção Individual. “Trabalhadores utilizavam calçados próprios, inclusive alguns furados, ninguém utilizava capacete”, descreve o relatório.
Fonte: O Tempo
Trabalhador
11 de março de 2023 at 9:53 PME porque não foram embora?? Se estava ruim continuaram lá pra que? Por que não arrumou outro emprego? Palhaçada isso, hj em dia ninguém quer trabalhar mais, tudo é escravidão, acúmulo de função. Agora eles ficam sem serviço e passa fome. Pq não vai receber auxílio nenhum de quem tirou eles de lá.