O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Zona da Mata, realizou a operação Monte Castello, no município de Guidoval, e prendeu um dos principais líderes de uma organização criminosa responsável pela prática de tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de armas de fogo nos municípios de Visconde do Rio Branco, Ubá e cidades da região.
O preso, que estava foragido da Justiça, chegou a trocar tiros com a Polícia Rodoviária Federal em dezembro do ano passado, na cidade de Três Rios, no Rio de Janeiro, e conseguiu fugir da abordagem policial. Ele possui condenações pela prática dos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas, além de estar sendo processado pelo cometimento dos delitos de organização criminosa armada, conduta equiparada ao tráfico de drogas, tráfico de drogas e porte de arma de fogo e ser investigado em diversos procedimentos policiais.
O líder do grupo criminoso estava escondido em um sítio alugado, na companhia de um comparsa. Ao tomarem conhecimento dessa informação, as equipes policiais realizaram o cerco à residência. Dois indivíduos foram vistos pelos policiais militares, um deles com uma arma de fogo na cintura. Ao notarem a presença policial, os homens tentaram fugir, mas não conseguiram.
No local, foi localizada uma pistola importada da marca Glock, calibre .9mm, com dispositivo que altera a cadência de tiros do armamento (modo “rajada”). Além disso, foram apreendidas mais de 100 munições e diversos carregadores, entre eles carregadores alongados, similares aos utilizados pelas facções do Rio de Janeiro.
As equipes policiais também apreenderam uma motocicleta “clonada”, dinheiro e drogas ilícitas.
Visconde do Rio Branco
O município de Visconde do Rio Branco vivenciou cenas de terror no final do ano passado, quando cinco indivíduos foram executados em um bairro dominado pelo homem preso durante a operação Monte Castello.
Além do quíntuplo homicídio, várias outras mortes ocorreram nas cidades de Visconde do Rio Branco e Ubá, em decorrência da guerra entre facções criminosas. Segundo o promotor de justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco, está clara a participação dos integrantes de grupos criminosos na prática do tráfico de drogas e na consumação de diversos homicídios recentes ocorridos na região. “Tem-se um contexto de guerra de facções, em que os armamentos apreendidos com os criminosos, de elevado potencial lesivo, demonstram o poder bélico dos traficantes”, informa.
Ainda segundo o promotor, através de um trabalho integrado com as Polícias, a disputa de gangues na Zona da Mata será duramente reprimida pelos órgãos de segurança pública. Breno destaca a necessidade de a população repassar às autoridades qualquer informação sobre locais, movimentações estranhas e indivíduos suspeitos, inclusive na zona rural, já que criminosos têm buscado refúgio em sítios e chácaras para dar prosseguimento às atividades criminosas. As informações devem ser repassadas pelo telefone 181 – “Disque Denúncia”.