Um caso suspeito de varíola dos macacos está em investigação em Cataguases. A informação foi divulgada no início da noite desta quarta-feira (20) pela Secretaria Municipal de Saúde nas redes sociais da Prefeitura.
De acordo com a publicação, trata-se de um paciente do sexo masculino, com idade entre 30 e 40 anos, e com histórico de viagem a um município com transmissão comunitária. Ele foi atendido pelo serviço de saúde local e está em isolamento domiciliar.
A Vigilância Epidemiológica e da Estratégia de Saúde da Família de Cataguases acionou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e a Gerência Regional de Saúde (GRS) Leopoldina para orientações de manejo do caso suspeito.
Este é o primeiro caso suspeito da doença registrado no município.
Situação em MG
Na terça-feira, a SES-MG divulgou que o estado registrou 32 casos da varíola por exames laboratoriais pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). Os pacientes estão estáveis e em isolamento.
Outros 42 foram descartados, 36 estão em investigação e 1 foi classificado como provável.
A SES informou ainda que, até o momento, os casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos, em boas condições clínicas. Há 1 registro em internação hospitalar para isolamento. Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados.
Somente Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária em MG.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
- Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
- De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
- Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis.
- Da mãe para o feto através da placenta.
- Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele.
- Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Fonte: http://www.g1.globo.com/mg/zonadamata
Foto de Capa: http://www.r7.com