O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou na quarta-feira (6) a segunda fase da Operação “Poder Paralelo” em Viçosa e Leopoldina. A ação foi desencadeada contra uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes violentos, como homicídios.
Segundo o MPMG, o objetivo da operação foi dar cumprimento a 8 mandados de busca e apreensão nas cidades de Viçosa e Leopoldina. Na ação foram apreendidos veículos utilizados pelos alvos, além de celulares, computadores e demais objetos.
Na primeira fase, foram feitas apreensões em Viçosa, Paula Cândido e Ponte Nova. A partir dos materiais, as investigações identificaram alto fluxo de substâncias entorpecentes e armas de grosso calibre por parte da organização criminosa em Viçosa. As diligências identificaram que o núcleo organizacional movimenta mais de R$ 1 milhão por mês.
Diante desse cenário, o MPMG postulou a prisão preventiva dos envolvidos e a busca e apreensão domiciliar. O Poder Judiciário, por sua vez, deferiu o pedido de busca e apreensão e indeferiu o pedido de prisão e aplicou a 3 envolvidos outras medidas cautelares.
De acordo com o MPMG, foi oferecida denúncia criminal em contra 6 investigados pelos crimes de organização criminosa majorada, lavagem de dinheiro e concurso material.
A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com a Polícia Militar e a Polícia Civil.
A operação contou com o apoio dos servidores do Ministério Público, do 68º BPM, 10ª CIA PM IND, Delegacia de Tóxicos da Polícia Civil de Viçosa e Grupo Especializado em Radiopatrulhamento (GER) 4ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais.
Primeira fase
A 1ª fase da Operação “Poder Paralelo” foi deflagrada em Viçosa, Paula Cândido e Ponte Nova em setembro do ano passado. Na ocasião, foram cumpridos dois mandados de prisão, 24 de busca e apreensão e efetuadas quatro prisões em flagrante.
Durante a operação foram apreendidos os seguintes materiais:
- meia barra de maconha
- 19 porções de maconha
- várias sementes e um pé de maconha
- 100 gramas de cocaína
- duas balanças de precisão
- quatro rádios comunicadores
- R$ 109 mil em dinheiro
- R$ 2.374,81 em cheque
- duas motos
- um carro de luxo
- uma pistola .40
- cinco munições .40
- um carregador
- dois notebooks
- 21 celulares
- um caderno de anotações
- dois pendrives
- documentos diversos
O MPMG informou que o nome “Poder Paralelo” faz alusão ao grau de organização do grupo criminoso.